não sei as palavras certas para dizer aquilo que tanto desejava dizer. admito, não conheço as palavras todas, nem muito menos sei escrever. sei que sei que não sei, e esse é o primeiro passo para saber (...) quando tu te foste embora, eu levei demasiado tempo a aceitar isso, perdi-me, morri todos os dias naquilo que me davas, naquilo que me deste, mas sobretudo no que me roubaste enquanto pessoa. sei que sabes que sinto a tua falta, mas não te quero mais na minha vida. porque? tu saberás melhor que eu o que me fizeste. trataste-me como uma criança, deste-me brinquedos, e um dia chegaste e levaste-os todos e foste embora. e eu não percebi, ainda hoje não percebo. como é que uma pessoa pode dizer eu amo-te, e ir embora. como é que uma pessoa pode fazer promessas de ficar para sempre, e de um dia para o outro evaporar-se? sei que muitos entenderam as minhas palavras, é díficil suportar isso, ao ínicio, ao ínicio parece que o mundo vai acabar, que o coração já não bate como deveria. (...) eu não sinto a tua falta, a falta de quem te tornaste, mas tenho saudades do passado, em que me abraçavas sem me tocar, e me fazias sentir que não era para sempre, mas era infinito enquanto durou. [...] hoje voltei por ti, e não para ti.