« Ainda não acordei do estado de profunda apatia em que mergulhei de forma voluntária quando ele se foi embora [...] talvez porque saboreava os seus regressos como momentos eternos e irrepetiveis - e percebi que tinha descoberto a essência do amor. Talvez um dia possa viver de outra forma. Talvez o tempo, ou a vida, ou as circunstancias, ou o amor persistente e dedicado de outro homem me libertem o coração das tuas sombras e me resgatem deste inferno quase celestial. Mas, agora prefiro viver assim, imaginando o teu regresso eterno e irrepetível, encolhendo os ombros à vida, fingindo que não desisto dela enquanto tu não voltares. [...] Achas que também se treina o coração? E eu não estou a estragar nada, eu só tenho saudades tuas e apetecia-me que estivesses aqui comigo, não percebes? [...] Tento encher os dias de um ar que já não partilho contigo. Eu não sou tua namorada, mas tu és meu namorado. »

Ainda estou completamente apanhada pelo meu ex-namorado, e mesmo que me envolva contigo, se ele entrar por aquela porta um dia destes, e disser que quer voltar, tu eclipsas-te à velocidade da luz, percebes?