« quando eu estou triste as palavras vão e vêm e eu não as encontro »

sábado, 7 de agosto de 2010

tu vives muito perto, vives no meu mundo onde as nuvens e o sol se misturam, onde o arco-íris tem as cores mais cintilantes, onde as gaivotas fazem barulho no céu, onde os peixes nadam felizes. (...) tu vives no mesmo mundo que eu, onde as promessas se cumprem, mesmo que parecam desaparecer como uma imagem espelhada num mar; onde as palavras são sagradas mas, mais sagrado ainda, é o laço que nos une. (...) és a pessoas mais importante, não te esqueças. tu vives comigo! dentro de mim, a bater por dentro, como se (porque és) o meu coração fosse de carne e osso e tivesse vida própria, braços e mãos, até pernas; um sorriso, um olhar, uma voz que se ouve com ouvidos. tu és parte intrinseca, mas extrínseca de mim. tu vives cá dentro, acordas comigo e dormes comigo, todos e todos os dias. e mesmo que a vida te leve para longe de mim, eu sei que nunca te vou deixar fugir, porque as pessoas só partem quando as tiramos do coração. e eu vou-te manter dentro de mim até ao fim da minha vida, porque tu és vital, és o meu coração. e se quiseres, um dia, explico-te o que é um coração de carne e osso, com pernas e braços, com sorriso, olhos e voz. minha mãe !

segunda-feira, 26 de julho de 2010

infelizmente vamos ter que nos separar.

 

sexta-feira, 23 de julho de 2010

daqui para a frente, a meta é subir !

terça-feira, 20 de julho de 2010

acredito que aquilo que vivemos de bom com alguém não cobre nem chega para suportar a dor da ausência, nem para continuar a tentar viver num mundo onde todos os dias alguém se vai da vida de outro alguém sem medo de deixar para trás um corpo sem alma, uma alma sem viva. Sei que quem fica sofre e aprende a viver, mas quem vai deixa a dor pelo caminho.

dá vontade de chegar ao pé das pessoas que se foram, e dizer "quero a cor com que pintas em mim a tua ausência" e não deixar que pintem mais :x

sábado, 17 de julho de 2010

Um dia destes cresces e eu deixo de ser importante. As brincadeiras perdem a piada, as conversas deixas de ter magia. Tu sais por aquela porta e não queres nunca mais voltar: descobres que o mundo lá fora é bem maior que o meu.

e eu pergunto-me o que vou fazer, quando olhar ao meu redor e não te encontrar.

sábado, 3 de julho de 2010

talvez nada se tenha perdido, apenas o tempo tenha retido tudo isso num templo de sonhos. as cores são sempre o que mais nos fixa, a voz, o cheiro, o sorriso, tudo parece também ser feito de cor, de bolas de sabão que rodam no ar e se desfazem lá bem no alto. só o tempo e a generosidade podem fazer-te acordar, a ti e a mim, tu estás num coma físico mas eu estou num coma emocional. gostava que a mãe me abraçasse com força junto a ela, e me dissesse baixinho que estás a vir, em cima de um pássaro, trazes prendas, trazes balões no saco, trazes doces, trazes o mundo inteiro no teu coração. antes querias conhecer o mundo, mas aprendeste que sozinho não ias conseguir. vejo-te a sorrir quando fecho os olhos, sinto o cheiro do teu cabelo molhado, da tua pele, do teu perfume. queria escrever-te uma carta, mas perdi a tua morada, não sei se sei a morada do lugar por onde vagueias agora. és como um caracol, andas sempre com a casa às costas, nunca estás no mesmo sítio, excepto quando acordas. é sempre horrível quando acordo, tenho a sensação que estava a sonhar contigo e com a mãe, que eramos só nós os três e que estavamos juntos. tenho a sensação que também eu me perdi, como uma criança de cinco anos que se perde num centro de comercial e não sabe da existência da recepção. as pessoas passam por mim, mas ninguém me vê. pareço uma formiga que cada vez se torna mais pequena, mais invisível. o ritmo alucinante a que o mundo avança, não é o mesmo que o NOSSO mundo caminha. faltas tu para nos guiar. sabes, eu e a mãe precisamos de ti, eu e tu dela, ela de nós, mas ninguém diz. abraças-me com força junto a ti? eu peço-te, devolve-me as cores com que pintamos o céu de olhos fechados.

ausência de espaço.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sem ambição, nada se começa. Sem esforço, nada se completa.